A TRANSPARÊNCIA E O DINHEIRO PÚBLICO

Há um descompasso entre a questão número 1 de um Concurso Público, Publicidade das Ações do Setor Público e a realidade do país. Ele vem se tornando cada vez mais opaco. Com a justificativa de que o Legislativo era refém do Executivo, inverteram completamente as atribuições dos Três Poderes. A 1a Proposta de Organização Orçamentária do Estado do Rio de Janeiro, passou pelas minhas mãos, pela celeridade e tecnologias nas mãos de um grupo da FAPERJ, treinado por mim, na Gestão do então Superintendente Fernando Peregrino. As regras eram muito claras, o Poder Executivo tinha a obrigação de entregar ao Legislativo sua proposta de distribuição orçamentária, conforme as prioridades política do Governo ganhador das eleições.
Passamos uma fase sinistra de negociações em regime de balcão, no que ficou conhecido como o “toma lá, dá cá”. O aparelhamento do Congresso Nacional é uma página terrível da história, Mensalão e o escambau. Enfrentamos as taxas e pedágios de 40%, sem percentual de teto a vista.
Agora, os esconderijos para o dinheiro público constituem a chave para a esterilização definitiva do Estado. No Congresso, decidiram burlar o princípio constitucional da publicidade, acrescentaram ao lugar a primazia decisória quanto ao uso dos recursos, retirando dessa forma qualquer utilidade ou função do Poder Executivo, numa clara distorção das funções e do equilíbrio entre as partes.
Os criminosos responsáveis por esse momento de absoluta estupidez e criminalidade explícita, forjada em suposta lei remendada devem ser severamente punidos. Sarney já passou por isso no Senado, escapou como raposa habilidosa que é.
A toda crise, uma oportunidade para reação da sociedade civil, contendo a volúpia de uma casta que pouco ou nada representa.
A Emenda do PIX é um escárnio.