POR UMA VIDA MAIS CONFORTÁVEL NOS PRÓXIMOS ANOS

Quando comecei a jogar bola, as chuteiras tinham travas com pregos. No início do volei, o tênis da Asics não tinha qualquer amortecimento, mais se parecia com sapatilha de corredores das provas de atletismo. A gente não sentia nada, jogando no chão duro. Apenas mais tarde houve a evolução para que se reduzisse a quantidade de lesões e consequências terríveis para atletas em geral, e profissionais em especial. A participação na marca dos grandes nomes deu um pouco de poder para que os que usam pudessem discutir sobre a qualidade daquilo que iriam assinar para marcas ganharem bilhões.

Por questões relativas a saúde e longevidade esportiva passei a estudar as tecnologias de tênis e utiliza-las a favor da segurança na prática do esporte, colocando a performance num segundo plano, já que não me profissionalizei como atleta, atividade paralela adotada como hobby. As marcas mais presentes desse experiência foram a Nike e a Adidas. Há um livro na gaveta sobre isso, pelo menos duas centenas de tênis comprados para transferir benefícios, dando acesso a população de menor renda a essa tecnologia e a informação relativa a forma de uso. A Nike Factory andou pelo Brasil com pontos de distribuição e os Outlets também fazem uma parte desse importante papel na evolução necessária.

Atualmente tenho me concentrado em questões bem específicas, direcionada a pessoas como eu, lesionadas, e que podem ter uma sobrevida na arena esportiva, desde que utilizando tênis e recebendo cuidados adequados as práticas. O conforto é minha prioridade nas escolhas para 2024. Está claro que o conforto começa pelos pés. O desafio a ser resolvido é como concretizar o resultado da pesquisa numa conjuntura econômica de preços estratosféricos. Vou indicar um caminho, sem precisar daquele cursinho no youtube.

A melhor tecnologia disponível no mercado que combina amortecimento, impulsionamento, durabilidade e não geração de memória é o ULTRABOOST, quem quiser a prova, assista o vídeo que elevou o patamar em matéria de novos materiais na sola dos tênis. Muitos chegam a dizer que trata-se do equivalente ao iPhone para os pés. Venho utilizando o mesmo faz dez anos, resultado de uma troca de um tênis mais robusto que utilizei na Colômbia, a prova d’água, outra finalidade. Vamos dar um salto no tempo e chegar as decisões desse ano.

Nos preparativos para a tão esperada Olimpíadas em Paris, aliada ao ciclismo do Tour de France, apostei num Ultraboost 22, que no outlet custou a metade do preço. Com a última camada do solado utilizando tecnologia de pneus de avião, fica difícil competir no quesito antiderrapante e durabilidade. Em relação aos dois anos anteriores, senti uma alteração e mais desconforto, ficou mais duro, o que pode ser bom para quem tem problemas com torções de tornozelo, situação oposta a minha, quanto mais amortecimento melhor, pelo peso corporal e pelo que levo como carga adicional em caminhadas do cotidiano.

Foi na compra dele que encontrei pela primeira vez, na loja de Outlet da Adidas o X_PLRBoost, mas a um preço nada promocional. Ao chegar em casa, iniciei a pesquisa sobre o modelo, a intuição já me fez indicar para um amigo que reclamou de não ter sentido o mesmo nível de bem estar no Ultraboost 22, que o de um outro produto indicado, o PURE BOOST. Não conte nesse caso com a durabilidade da última sola Continental.

Com a intensidade de uso dos que me acompanham diariamente, uma unha encravada de forma praticamente crônica e um ultraboost 22 belíssimo, mais duro do que gostaria, passei no Natal pela loja para olhar a cena de ofertas. Sabendo do fiasco da Black Friday pelos noticiários, havia uma chance de encontrar algo que coubesse no bolso. Lá estavam eles, a principal aposta do Outlet foi o X_PLRBoost. Uma variedade de tamanhos, cores, preços e promoções consumiram pelo menos uma hora do meu tempo. É sempre mais difícil encontrar a numeração masculina 40 e 41 num outlet. Não foi diferente dessa vez, mas pelo menos havia fartança suficiente de estoque, que não acabaria de véspera. Tudo anotado, planejamento para na última semana do ano fazer algum movimento. Mobilizei um grupo de interessados em conforto, e encontrei um artigo definitivo, escrito por Evan Sanders, cujo mantra já é minha necessidade desde de minha lesão no menisco medial mais jovem: conforto.

A verdade é que o envelhecimento traz maior probabilidade de desgastes nas articulações, em especial nos joelhos, quadris, pois somos sustentados por uma perna de cada vez em quase a totalidade de nosso peso. Como agravante, nas escadas temos que realizar esforço maior do que caminhando em terreno plano. Sem a produção dos lubrificantes que o corpo fabrica, realizando sobrecargas sem acompanhamento médico em academias irresponsáveis, lá se vai menisco, cápsula sinovial e o próprio osso. O amortecimento proporcionado pelos tênis de nossa época pode reduzir significativamente o sofrimento de quem vive esse drama e evitar em parte que ele aconteça de forma acelerada.

A certeza quanto ao êxito da aquisição do X_PLRBoost era tamanha, que pela primeira vez na vida, saí de casa de chinelo, para calçar o tênis e voltar fazendo um workout, após dois dias seguidos de 15 km. Resumindo, o resultado foi como uma volta para casa, caminhando nas nuvens, mesmo carregando uma mochila tática e uma bolsa de academia com pertences diversos.

Aí 2024 passou a ser uma janela para desejar dias de conforto, com o mínimo de dor e muito movimento, porque para mim, ele já começou. Agora vou atrás da Champagne, porque sem ver jorrar a espuma na taça no Reveillon o Carnaval fica sem combustível pra festa.