A ENTERRADA PERFEITA: BRASIL

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A melhor coisa que poderia acontecer para o Brasil era voltar para casa na Copa América. Assim como na Copa do Mundo, sem nenhuma apresentação que pudesse ser classificada como de altíssimo nível, fomos nos arrastando com resultados pífios, diante de seleções sem brilho, aos trancos e barrancos.
Deixar os jogadores europeus, após uma temporada intensa, cuidarem de suas vidas na janela de negócios e repouso, uma medida sábia. Deveria até ter sido a decisão inicial, como por exemplo, o caso do México, que chegou já com um time sem aplicar relevância, apenas usando a competição como aprendizado.
Sigo não convencido sobre a titularidade da zaga brasileira. Para mim, reincidentes estarão sempre vulneráveis a mais uma reincidência. Lances infantis e choros em campo, como os que o T. Silva nos apresentou nos últimos tempos, nem são o maior problema. Para mim, a questão passa pela estatura de um time na média baixo, que em tempos de futebol com a importância dos lances de bola parada, já deveria evoluir para duas coisas: 1) um novo tipo de treinamento, onde o defensor evitasse a todo custo os escanteios, para muitos times até o único modo de fazerem gols, por serem limitados nas jogadas de criatividade; 2) dispor de zagueiros altos, técnicos e ágeis (reboteiros como Lebron no basquete) capazes de oferecer perigo também no ataque. Não é pedir demais.
O que não se pode aceitar é uma legião de fãs de enganadores, defendendo o indefensável, alguns afirmando até que a mão não foi voluntária, quando na verdade, apesar de ter sido desnecessária (a jogada não oferecia perigo algum) mais pareceu uma cortada de volei, ou uma enterrada de basquete. O camarada que afirma não ter sentido a bola tocar em sua mão me faz perguntar sobre sua saúde, pois nem com o membro adormecido alguém deixaria de sentir o peso da pelota. Foi ridículo.
Mais do que isso, só o Flamengo e Vasco, onde um comentarista pediu que se criasse um scaulting para medir os bicos na bola, de tão maltratada que foi. O belo gol do Vasco, não retira da defesa Flamenguista a certeza de que o Samir é de fato o T. Silva do Fla. Não tem a estatura que a função necessita. E já que entrei no assunto função, vejo o time do rubro-negro com quase a totalidade de jogadores que chamarei aqui de “50%”. Passaria uma barca, fazendo perguntas básicas de fundamentos de futebol e biotipo para realidade moderna do jogo. Um Departamento de Recursos Humanos, com as seguintes perguntas para os atletas:
1 – Sabe cabecear?
2 – Chuta bem com a direita ?
3 – Chuta bem com a esquerda ?
4 – Chuta bem com as duas pernas ?
5 – Sabe desarmar ?
6 – Dribla bem ?
7 – Cruza bem ?
8 – Lança bem ?
9 – Tem um índice de acerto alto no passe ?
10 – Tem velocidade ?
11 – Bate bem falta ?
12 – Bate bem escanteio ?
Com base no jogo de ontem, diria a vocês que apenas o Sheik poderia estar garantido nesse elenco como titular. Os demais, voltariam para escolinha para preenchimento das lacunas deixadas expostas no campo, de nome pantanal. Mas o pantanal do Flamengo e do Brasil virou um verdadeiro Pântano. Dá prá resolver, mas precisa tocar na ferida.

Melhor voltar prá casa e descansar do que ficar e passar por vergonhas escandalizantes. Como diziam na velha guarda do futebol, “treino e treino, jogo é jogo”, ao que acrescento, amistoso é amistoso. Seleções para desfilar pelo planeta, até no basquete já houve. Mas competições acontecem com outro espírito em campo e isso ficou muito evidenciado na vibração do time paraguaio na disputa de penaltis. Ali, havia uma felicidade plena.

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