GUERREIRO COM GUERREIROS FAZEM ZIG-ZIG-ZÁ

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Ando meio musical e nostálgico ultimamente. Referências antigas denunciam a idade. A geração atual não tem a menor ideia do que é um escravo de Jó. Não precisa. Tem a sonoridade para prestar uma homenagem ao nome do jogo Peru e Bolívia. Demonstrando fome de bola, até os sete minutos do primeiro tempo, era o cara que finalizou cinco vezes na Copa América desse ano, todas para fora, e o pior, sem fazer gols desde 1o de abril.
Mas veio o “hat-trick”, coisa de Cristiano Ronaldo. Três gols que encheram de alegria, peruanos e flamenguistas, necessitados que são de um matador, que considerei no ano passado o melhor atacante da posição em atividade no Brasil. As vezes a fonte seca. A sazonalidade, que chamamos de “fase”, é normal na vida de um jogador de futebol. A cobrança, natural e fácil de absorver por quem tem o talento nato para esperar acontecer. A despeito dos chutes para fora, diferentemente de alguns jogadores que os executam apenas para fabricar estatísticas maquiadas, os dele tinham o interesse pelo resultado.
Os times da Venezuela e Bolívia chegaram até longe demais, fraquíssimos que são. Só muita vontade de voltar prá casa para perder prá eles.
Ao contrário, a chama da torcida chilena, que já havia dado pistas de sua paixão pelo time entraram em campo, esquecendo totalmente os fatores extra-campo que quase custaram a saída de Vidal do time. Já está se desenhando uma final possível. Com um Valdívia consistente, graças ao trabalho do grupo, o diferencial do último passe aparece e o time rende. Engrenou na hora necessária, afinado e candidato a destaque. Continua sendo um time de altura limitada e dessa forma vulnerável as jogadas ensaiadas. Um adversário de maior poder ofensivo, pode fazer estrago. E sem Suarez, assim como na Copa do Mundo 2014, não foi o caso do Uruguai. Não será dessa vez que o fantasma aparecerá.

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