A GEOPOLÍTICA DO FUTEBOL

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Outro dia estava numa roda de amigos, conversando sobre as questões políticas que envolvem o esporte a atitude da torcida do Flamengo, que não vibrou com os 4 gols do time, não aplaudiu e levou faixas para o estádio, com termos até suaves, como “INDIGNAÇÃO” (coisa de gente cuidadosa e educada, até). Uma pessoa do grupo, altamente politizada, pois vive no meio político profissional, defendeu a separação de assuntos políticos do meio futebolístico…
Discordei, claro.
E citei a presença da bancada evangélica, enfiada nos assuntos da política nacional, crescendo ferozmente, graças aos piores índices de violência, baixo nível educacional, péssimas condições de moradia, e tudo do pior que podemos encontrar nas camadas mais pobres da população abandonada pelos quatro cantos do país. O estado laico, por um fio, retrocedemos ao período em que a Igreja Católica dominava os assuntos do estado, onde nasceu então, o protestantismo. Esse mesmo, que agora se lança sobre o mesmo estado numa relação até certo ponto, previsível.
A política está em todas as coisas, inclusive no futebol. Mais especificamente, a geopolítica. Não fosse assim, os EUA não teria se encarregado de realizar uma intervenção branca, com o FBI, CIA, etc, para por um fim nas atividades da FIFA sem lei. E o fizeram por motivos bem específicos. O futebol representa uma “zona de influência” mundial, maior do que o rock, atingindo cristãos, muçulmanos, ateus, espíritas, enfim, o planeta inteiro.
O Brasil possui um papel e posição de liderança nessa praia. Mas ela se deslocará significativamente pelos próximos anos. Diluída pelo enfraquecimento do negócio, internamente, atacada pela concorrência na América do país que pretende ser a potência política na região, e com políticos alienados, que pouco se interessam em atuar nesse campo para manter nossa participação na cena internacional.
É dentro desse quadro que sai a lista da FIFA, com os cinco candidatos a ocupar o cargo de Presidente dessa entidade. A eleição acontece no dia 26 de fevereiro de 2016. O pretenso e fraco representante do Brasil, Zico, de fora da lista, até por justiça (muito ridícula a candidatura, sem qualquer nexo ou fundamento, só no Brasil mesmo…). Nada contra o Galinho de Quintino, de quem sou fã, como ídolo da Gávea, onde poderia ter ido mais longe, se não tivesse optado por ser um Deus do futebol sem ter nunca ganhado uma Copa do Mundo e ter jogado apenas em um time do futebol italiano (Udinese) sem a pegada dos campeões…
Os nomes a estudar, que representarão o futebol mundial incluem dois poderosos da Arábia… 1 – HRH Prince Ali Al Hussein; 2 – Sheikh Salman Bin Ebrahim Al Khalifa; 3 – Jérôme Champagne (um francês correndo “por dentro”); Gianni Infantino (candidato UEFA que substitui Blatter) e Tokyo Sexwale (o negro e politicamente correto, cuidador dos assuntos sensíveis, como futebol na Palestina).
Isso é política amigos. O Brasil deve lidar com isso, politicamente também. Não tem ninguém de bobeira na cena geopolítica do futebol…

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