LIÇÕES DOS CARIOCAS NA RETA FINAL DO BRASILEIRÃO

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Quem acompanha o que escrevo por aqui sabe muito bem a importância de uma decisão tomada por um técnico no resultado de uma partida. Escrevi sobre o caso Flávio Costa e Nilton Santos na Copa de 1950 em que perdemos, num duelo que o treinador não permitiu que acontecesse. Pedi ao mestre Iata Anderson uma opinião sobre o texto, para saber se estava sendo injusto com o elenco e com Oswaldo.
Creio que o jogo e o placar de Flamengo e Goiás só validaram na prática a tese que defendi. O Kayke, que fez dois gols não poderia ter sido sacado do time em seu melhor momento, efetivo pé de coelho. Sua afinidade dentro de campo com o outro responsável pelos dois gols é muito evidente para quem viveu e viu boas duplas em futebol e sabe a importância que elas possuem. No esquema rubro-negro, tem lugar inclusive para o Guerrero. Mas deixar o Kayke de fora foi de uma covardia atroz, e a conta veio pesada. Esse jogo dá uma redimida, mas não perdoaria quem decidiu. É óbvio demais para defender uma posição dessas.
As questões extra-campo trouxeram uma carga de vergonha para a turma do barril, e alinharam o espírito de corpo da rapaziada descomprometida, de férias. Esse jogo poderia ter deixado uns seis no balaio do time goiano. A incisividade do Sheik e outra jogada em velocidade deixaram muito evidenciadas as fragilidades do time adversário, prontinho para cair para a segundona, quiçá no lugar do Vasco.
É certo que há um diapasão no time da colina e para mim o nome dele é Andrezinho. Consegue combinar uma habilidade clássica quando trata de querida a bola e ao mesmo tempo se manter combativo em disputas do meio para frente ou do meio para trás pela mesma. Sem medo de estar sendo injusto, atribuo ao “Novo Vasco”, a marca do Jorginho, que desde que assumiu mudou o jeito de ser do time.
Um técnico discreto, que acompanho desde os tempos de América, onde se destacou, com uma passagem pela Ponte Preta, onde também deixou bons fluídos e agora o Vasco, com uma chance muito boa de construir um degrau na sua história e quem sabe trazer uma janela para em uns 10 anos estar figurando entre os melhores técnicos do Brasil. Vem estudando, amadurecendo, tem DNA e trajetória de campeão.
De todos os resultados da rodada desse final de semana, o único completamente desfavorável e decepcionante para as pretensões de quem está na “área de guilhotina” da tabela foi o do Fluminense. Perder para o Chapecoense não era exatamente o que esperávamos. Agora, na prática, temos seis times disputando quatro vagas para a segunda divisão. E o Vasco só depende de si. Estou faz quase dez rodadas avaliando a consistência do time cruzmaltino e não vejo entre esse último bloco envolvido um time mais merecedor de permanecer na elite do futebol brasileiro.
Por falar em merecedor, todo o mérito para a bela sede de futebol que o Corinthians conseguiu graças a Copa de 2014. Foi nesse templo do futebol que fotografei as belas acima, num dos jogos que ali assisti. Ainda não sendo campeões, mas com um grupo focado, arriscam fazer um dos jogos de maior emoção desse campeonato, no Maracanã. Quem sabe um campeão, quem sabe uma Cruz de Malta dando a volta por cima?

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