A SUPERIORIDADE QUE IMPEDE O MASSACRE

 

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O estádio do Itaquerão é certamente o mais bonito dessa nova geração pós-Copa 2014. Fiquei apaixonado pelo uso de mármore preto e branco, pelo lado de fora da arena que não vemos, já que as câmeras se concentram exclusivamente em mostrar o jogo. E foi nesse lugar que fiz a fotografia de uma das mais belas jornalistas que conheci durante o mundial de 2014 no Brasil. Uma delícia de tempos que não voltam mais…
O técnico Oswaldo do Flamengo mais uma vez me surpreendeu com suas declarações, nitidamente defensivas. Ao ver o Itaquerão com gente saindo pelo ladrão, e sabendo que em todos os quesitos era perdedor para o quase campeão brasileiro, o que disse na entrevista do pré-jogo? Que seria difícil retirar pontos daquele lugar, nessa partida… Retirar pontos seria empatar ou ganhar. Mas porque não dizer simplesmente ganhar pontos? Afinal, empatando ou ganhando, seriam 1 ou 3 pontinhos para levar para casa.
Um Corinthians embalado, jogando de forma constante, transição de bola, intensidade defensiva, inversões que dificultam o trabalho de qualquer defesa.
Como já falei, foi dia de encontro do time A com o time B. As torcidas divididas, fazem quase sempre seu papel. Olhei para a tabela, a posição de cada um e o resultado dos últimos cinco jogos. O rubro-negro perdeu 4 e ganhou apenas um. Já o time paulista, um arquivo invertido do seu time B, ganhou 4 e empatou só uma. Tudo bem que futebol não tem lógica e que tudo pode acontecer. Mas não aconteceu.
O que também poderia ter acontecido era uma balaiada paulista. Três oportunidades claríssimas de gol e uma penalidade não marcada, deixaram pelo placar mínimo o resultado final de uma partida que não teve ao longo de noventa minutos uma jogada sequer de perigo do Flamengo. Preocupante.
Já o Vasco, continua sendo, assim como o Corinthians o único time entre os vinte do campeonato brasileiro, sem derrota nas últimas 5 rodadas. Continua vem vivo, e com bola no travessão, oportunidades reais de gol e principalmente um espírito convicto da classificação, segue como forte candidato a seguir na primeira divisão.
A decisão de produzir um bode expiatório para os problemas de gol do time da colina, esquecem que o garoto de 20 anos, como todo garoto, pode ter sido picado pela vaidade, após a volta da seleção brasileira. Esse ambiente com vetores como empresário, técnico, vida carioca, time, estraga muita gente pelo caminho. Vejo o Thales como um jogador de alto potencial que parou, ganhou peso e perdeu em agilidade, do momento em que o vimos ser quase decisivo na Copa do Brasil, num jogo contra o Goiás e hoje. O Jorginho não tem o perfil de técnico para resolver esse impasse. Aconteceu algo parecido com o Luiz Antônio no Flamengo, num nível pior. Mas contratar jogadores para a mesma posição, de um jovem talento convocado para a seleção brasileira de sua faixa etária foi uma burrice. O que era problemático de adminisrtar se tornou impossível. Vamos ver se os gols saem por outro caminho. As diferenças lá por baixo na tabela são mínimas. Em duas rodadas tudo pode mudar.

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