AS ESPADACHINS DE JORGE

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O simbolismo não poderia ser mais apropriado as crenças e a cultura da Cidade do Rio de Janeiro. E foi assim que no dia de São Jorge, assisti o Grande Prêmio de Espada, evento-teste para as Olimpíadas RIO 2016. Duas russas, uma chinesa e uma estoniana, são o quarteto fantástico que veio para dar mais brilho a uma celebração popular, hoje com o mesmo grau de força de um Reveillon, principalmente entre os mais sujeitos a violência da metrópole.
É um elemento de força, sem dúvida. Que mata o dragão, metáfora perfeita. Quando mencionei a importância do Grande Prêmio, não tinha ainda me dado conta da coincidência. Uma heresia para os devotos, mas é que comemoro tantos dias que o querido Jorge ficou ali, entre um Inconfidente, um Descobridor dos Sete Mares e muitas idas ao cinema. Já nem sei que dia é hoje. Mas as decisões se sucedem, tomara que não me perca.
Na tradição carioca, o espada, o bigode grosso, a sabedoria da música popular podem soar até machistas, piegas. Tudo, mas o grelo duro não soa. É estranho ver que o acarajé só tem um lado. O cozimento e a fritura é só de um lado. É estranho, é artificial, mas é. Lembrem-se da Capadócia, lembrem-se das Filhas de Jorge, nascidas aqui, de uma lista-guardiã, exímias, dessas que treinam para fazer jus ao ouro.

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