CONFESSO QUE GOSTEI DO QUE VI

GINASTICARTEDSC_7849
Pablo Neruda escreveu uma espécie de biografia de suas passagens pela terra. O livro é importante para quem não estava por lá. As poesias talvez a melhor parte. Mas aí é necessário mais livros.
Hoje foi dia de Ginástica Artística, preparatória e classificatória. Algumas das meninas que vieram participar levaram para casa a certeza de que estarão por aqui de volta em agosto. Não esconderam a felicidade. O primeiro escalão não veio. E a julgar pelo que assistimos, Bielorússia, Kazaquistão, China e Áustria já farão bem aos olhos de quem ama esportes e conjuga esse amor ao mundo das artes.
Não temos a tradição dessa integração por aqui. Um Teatro Municipal cuida de seu elenco para finalidade de peças de ballet, e olhe lá. Como imaginar uma moça fazendo embaixadinhas com os pés, acompanhada de música, usando o corpo em contorcionismos desses que vemos no Circo de Soleil. É muita coisa para conjugar. Não acredito que chegaremos a tanto, em um intervalo de tempo tão curto.
Mas já é possível levar filhas para assistir, se apaixonarem pelo esporte e se perguntarem: o que preciso fazer para ser boa nisso. Vai ter que começar lá fora. Mas o país tem agora uma estrutura para tocar o barco nos eventos internacionais em circuito local. E aí a torcida poderá fazer o resto. Já saiu feliz por torcer pelas incríveis e delicadas internacionais. Ovacionou a austríaca, que deu um show de simpatia, atleta carismática, com um ponto de vista sobre as coisas nesse tablado. Foi um caso diferente de amor. Ela sobrou em atitude. Mas foi a delicadeza das chinesas que me consumiu suspiros. Sei lá, coisa de Karma.

Deixe um comentário