O AMARGO SABOR DO FRACASSO: CÉSAR E GUSTAVO

CIELOGUSTAVODSC_7339
A história do esporte olímpico no Brasil tem pouco espaço para cultivo. Estamos mais chegados a idolatria dos ídolos estrangeiros. E isso em todos os níveis. A importância de um Ricardo Prado, Xuxa e Gustavo Borges são exemplos de quem já passou por momentos como esse.
O homem de ouro dos 50 metros nado livre estava inconformado, não sabia o que dizer, numa espécie de despedida improvisada daquela que talvez tenha sido a sua Olimpíada mais sonhada, em casa. Não deu prá ele. Ficou o conforto dos amigos e de todos que estiveram presentes no Parque Aquático Olímpico.
Todos os esforços foram feitos para que seu brilho nos contemplasse na RIO 2016. Mais esforços deverão ser feitos nesse aprendizado sobre o cultivo de nossas referências, heróis de uma disciplina e dedicação exemplar para uma geração de jovens atletas, prestes a transformar o Brasil numa potência olímpica. Temos toda condição para isso. Não esquecer esses nomes e seguir em frente é um dos deveres de casa.

CIELOINCREDULODSC_6925

AS LÁGRIMAS DE CIELO
A palavra cielo significa céu em português. O nadador que entrou para a galeria dos maiores que tivemos era, na conversa que tivemos com o Presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos era presença garantida. Não é mais. Primeiro na prova de 100 metros nado livre, terça-feira, enquanto assistíamos o ginasta Zanetti levar seu ouro para casa, fomos informados da desistência de Cesar Cielo. Sua última chance para entrar na equipe olímpica era a prova de 50 metros nado livre.
Pela manhã, atingiu índice e estava entre os dois melhores tempos, tempo esse que não resistiu ao ataque de seus companheiros na prova final da parte da tarde. Tendo que enfrentar uma cirurgia e ainda em processo de recuperação, Cielo caiu em lágrimas diante do inexorável.
Deixou o Parque Aquático comovido, uma torcida pequena, pois não houve venda de ingressos, fez barulho, gritou e chorou junto. Foi emocionante.

Deixe um comentário