CUECAS, CERVEJAS E BRINCOS DE BRILHANTE

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Foi no jogo do Brasil contra Camarões, lá no Mané Garrincha, Brasília. É fato que a capital do país não poderia, por uma questão de status, ficar sem um dos 12 estádios de futebol no padrão FIFA. E o que fizeram lá ganhou menção honrosa da revista da AUTOCAD em termos de sustentabilidade.
Arquitetura e Urbanismo a parte, em algum momento fiquei sabendo que havia entre o elenco, jogadores dando “palhinha de cueca”. Tudo combinado para o viral, que algum tempo depois viraria motivo de discórdia entre os draconianos contratos de exclusividade de uma FIFA corrupta e os atletas do novo time inventado: “Os Marketeiros do Brasil”.
A mesma FIFA que investigou Neymar por ter mostrado a sunga (da Blue Man, comandada por Sarah Azulay, que deu uma outra, tamanho G, para o Hulk) foi logo depois investigada pela inteligência americana e acabou a brincadeira… Fiquei pensando no perfil de nossos parceiros da imagem, Sergio Bylucas Brilhante​…
Não posso omitir o grande destaque dado a um comandante com desempenho pífio mas que vestiu o personagem de protagonista. O Brasil nunca ganhou nada no futebol, que se atribua a um treinador que levou o time nas costas. Não seria dessa vez. Mas o que importa? Se a estratégia de marketing matar a galinha dos ovos de ouro, foda-se. E eles mataram. A Brahma montou um esquema para plantar cevada na Granja Comary, dando o nome a essa série de “Seleção Especial”. Creio que essa safra funesta foi o anti-marketing anunciado. Mas os caras, que se consideram “os caras”, acreditaram. Estamos aí, até hoje sofrendo as consequências daquela enxurrada de marcas que atropelaram a seleção, em seu processo de concentração para jogar bola.
O caro amigo Daniel Avelino​, que gosta dessas tacadas “geniais”, outro dia enalteceu a galera da Reserva, que linkou seu nome, explícito, ao banco de reservas do Maracanã, utilizando duas premissas: visibilidade e literalidade. Tenho muitas dúvidas sobre o literal na propaganda. Tenho muitas reservas sobre o link entre os públicos das duas reservas, se os amigos me permitem o trocadilho.
Os amigos de Teresópolis, das cervejas artesanais, que me apresentaram num dia de jogo do Fluminense, vestidos com a camisa tricolor no o tal do “rabinho de porco”, na Saint Gallen, me fizeram perceber a diferença entre joio e trigo. E acabaram também na lista negra da FIFA, (que entrou na lista negra da polícia americana), ao lançarem a cerveja Therezopolis Gold, marca exclusiva da cidade, ao usar a expressão Brasil 2014, tiveram que enfrentar o poder e recolher 400 mil reais de produto já em circulação na praça. Usar cinco estrelas criaria problemas?
Acho que todos os tiros saíram pela culatra. Agora, retrospectivamente, quando vejo o Hulk na seleção, com seu brinco e a família indo de ônibus para o jogo em Fortaleza, creio que o astral não é condizente com a situação real da equipe que representa o país. O brinco de brilhantes, pode estar cravejado de diamantes, safiras, rubis ou esmeraldas (melhor cor para quem representa no nome o cara verde). A noção de personalização, tudo de bom. O ruim é não ter futebol prá representar o país do futebol. O marketing é uma coisa legal, mas não pode comprometer o rendimento de um atleta profissional. E o que se vê hoje é nossa estrutura rodando apenas em torno de um modelo de um extrativismo predatório que só vimos no período colonial, portugueses e espanhóis aplicando.
Ainda dá prá mexer nessa panela, sacar uma Carmen Miranda enrolada com a bandeira do Brasil e enfrentar essa postura que levou grupos como os da Copa de 50 a amargar fantasmas por mais de cinquenta anos…

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