O PARAGUAI É AQUI

Abri a edição de novembro da revista Money Week, e encontrei esse desenho simpático, sobre coisas que estão fora dos trilhos, ou sem trilhos, ou desgovernadas. Os impostos abusivos escondem a escrotidão estatal. Mas isso não é tudo, pois temos que enfrentar os efeitos de toda a ineficiência, desse que é um dos fatores retirando a competitividade da nossa indústria. Não sendo o bastante, produzem uma brecha, aproveitada pelos países vizinhos. O caso dos cigarros que chegam ao Brasil a partir do Paraguai – para serem vendidos no mercado informal – com preços mais atrativos já é coisa do passado. O Paraguai veio parar aqui.

Esse mercado, criou uma oportunidade para desenvolver uma estrutura mais eficiente do que essa: transformar o Brasil no Paraguai. E assim, a capacidade inventiva de alguns, criou em diversos estados brasileiros, fábricas de escala industrial, com funcionários paraguaios, em regime de trabalho escravo. Tudo isso, fruto da insistente mania do governo, de abocanhar valores estratosféricos, daquilo que é produzido no país.

A competitividade informal, a importação de produtos mais competitivos e de igual valor, são consequência dessa ganância burra do estado e de sua política de tributação, nesse momento maquiada de “menor número de siglas de impostos”, que na prática pode ser até que aumente a carga tributária. A escrotidão não tem limites e fabrica passo a passo, o Brasil com cara de Paraguai, internalizando uma identidade irreversível de precarização e irregularidades.

Abençoando essa tradição, numa falsa defesa dos pobres, enfermos, vulneráveis e oprimidos, assistimos sem nenhuma comoção, um padre, afanando recursos públicos, pra comprar bebidas importadas e imóveis, na ordem de 25 milhões de dólares. Passando a régua e anotando devolução, vai ele, enchendo o bolso de dinheiro, tal como fazem aqueles que seguem enganando a nação.

Essa Reforma Tributária é uma enganação, uma cortina de fumaça, mais do mesmo, que talvez até impeça uma radical mudança de mentalidades em torno desse campo extorsivo, que coloca o brasileiro entre a falência e a criminalidade. Nem arranha a necessidade urgente da redução da carga de impostos e o aumento de nossa competitividade no cenário globalizado.