OS NOVOS INVICTUS DA COLINA

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Foi nos tempos dos três patetas, Lelé, Jair e Isaias, que surgiu o maior time da história do Vasco. Um time que deixou sua marca como Expresso e meio time da seleção brasileira de sua época. A razão pela qual minha tia se tornou vascaína, um goleador como jamais havia existido, chamado Ademir. Mais conhecido como Queixada. O tempo voa, os costumes mudam, mas minha tia, com oitenta anos ainda celebra as vitória do Vasco. Como as de hoje.
Feita a devida reverência a uma geração de tradição vencedora, vamos falar de hoje. Foi um domingo de renovação para o espírito. O Maracanã aberto aos sessenta mil torcedores, grande maioria de vascaínos, que notadamente já acreditavam mais no bicampeonato de seu time do que os botafoguenses presentes. E isso por inúmeras razões, incluindo a probabilidade.
O técnico Jorginho era o único invicto do campeonato. Teve que enfrentar, nos diferentes duelos que travou, Muricy Ramalho, Levir Culpi, Ricardo Gomes.
Penso que a geração representada por esse garoto com sua mãe e pai terão do que se orgulhar por muitos e muitos anos. Resgatar a credibilidade do time e sua tradição é um bonito de ver. O futebol carioca precisa disso. Títulos e posturas.
Quanto ao jogo em si, algumas considerações sem importância histórica, mas relevantes futebolisticamente. A primeira é que Rafael sai do jogo como herói da partida. Considero o autor do gol o melhor zagueiro de São Januário, com sobras. Pode não exercer a liderança que Rodrigo tem dentro do grupo, mas é tecnicamente superior, do alto de seus 1,88. Está em grande forma, para quem vive na reserva. E resolveu pelo lado esquerdo do time, inclusive a deficiente marcação pela lateral. Jogou nas três, tem meus parabéns.
A segunda é que a falta em Madson não existiu, e de qualquer lugar do Maracanã, 360 graus, era possível ver que o lateral projetou o corpo, cavando escandalosamente a falta. Mesmo tendo sido muito bem cobrada pelo Nenê, para mim, Jefferson falhou mais uma vez. Bola na pequena área e bem dentro do segundo pau, não se pode esperar que qualquer zagueiro dê conta, pois não tem ali qualquer espaço para impulsão.
Fora isso, um jogo tranquilo, de muitos cartões amarelos no primeiro tempo, a velha fominhagem com viseiras de um geração de jovens jogadores de futebol, cada vez mais rápidos mas nem por isso solidários. Especialmente o Botafogo, que martelou bastante, fez até ultrapassagens de alto nível, mas infelizmente acompanhadas de um toque a mais, no lugar de um passe para o melhor companheiro acompanhando para matar a jogada. Não dá para botar a culpa só no Ribamar, de quem se esperava um pouco mais do que a previsibilidade da finalização.

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