SEM PRINCÍPIO OU FIM PARA EMPREENDER

Não existe um fim, ou mesmo princípios para se empreender. Vivemos numa sociedade que brota, as crianças brotam do asfalto, com ou sem pais, é um lugar bem mais caótico do que aqueles onde todas as metodologias adotadas nos centros universitários não se aplicam.

A Cidade do Rio de Janeiro recebe mais uma Feira de Empreendedores nesse mês de novembro, apostando alto no peso digital que as atividades de negócio vem tomando. Nesse primeiro dia, a agenda esteve repleta de aplicações da moda inteligente, que insiste em ser artificial. Quando comecei a estudar essa ciência e seus algoritmos genéticos que aprendem, já havia grande evolução e uso.
O mais relevante deles para mim foi ver um campeão mundial de xadrez ser derrotado por uma máquina, alimentada com auxílio de “consultores”, numa legítima prova de competição desleal. Na verdade as trapaças já aconteciam, mas envolviam apenas humanos e suas equipes de apoio, que “ajudavam a pensar”, nos intervalos das partidas.
Também foi destaque essa revolução, ainda em curso, que é a tradução multi-idiomática. Com a padronização das linguagens, esse processo foi ficando facilitado e hoje é usável, para finalidades cotidianas. Quanto a literatura e interpretações, aí vai um bocado de tempo, ainda há o que escapa. E esse fugitivo, que é a linguagem periférica, se torna uma perseguição do tipo gato e rato.

Já me beneficio faz décadas do uso da I.A., e prefiro mesmo incluir essa presença com outra denominação. Para mim é apenas mais uma milha conquistada, no sentido de substituição e automação de atividades outrora feitas exclusivamente pelo homem. Entrem numa fábrica de carros, e prestem atenção, tem robótica, mas há presença humana, em número menor, mas é ela que garante. Os robozinhos ainda são como crianças, é preciso gente adulta pegando pela mão pra atravessar a rua.

A presença maciça do digital e seus principais representantes, os influencers, novo nome para décadas atrás os então chamados blogueiros, vão tentando explicar, ainda sem muito sucesso na grande maioria dos casos, como transformar fama em grana. Uma ex-BBB do momento pandemia, com o discurso de “virada de chave”, buscando transformar sua enorme audiência nas redes sociais em algum negócio com o qual se identifique e que possa se tornar fonte de renda, é o sonho de milhões de brasileiros, jovens, que já não compram a ideia de trabalhar pesado pra ganhar em real com pouca ou nenhuma diversão. Os valores mudaram.

No infinito de possibilidades que vi – ao navegar no aplicativo do evento por toda a programação – ficou a sensação de que é um evento para todos, nivelado para atender aos de necessidade mais básica, e dar um pontapé inicial na vida profissional. Nada fora do comum, básico, inclusivo e com aquelas preocupações que se tornaram uma espécie de obsessão do poder público, priorizar minorias, considerando que são elas que não tem espaço nas estruturas privadas movidas por alta performance ou outros critérios, mais particulares. É uma aposta.

Muito do que está acontecendo por lá, pode ser visto pela Internet. O primeiro dia já tem mais de 10 horas de conteúdo, o que pode economizar tempo e dinheiro, além de ampliar o acesso para aqueles que não tem agenda para marcar presença. Até por isso, e por considerar impróprio a minha participação as salas fechadas com empresários anunciada, preferia assistir a uma palestra entre uma pedalada e a natação, para refrescar as ideias e inovar nos formatos. O calor exige criatividade para se manter produtivo, saudável e econômico. Veja o resultado num reels do Instagram.

Vale o resultado.