VASCO DA GAMA: EPISÓDIO II

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O filme Guerra nas Estrelas segue para o seu episódio VII, estreando no Brasil no dia 17 de dezembro. O Vasco jogará sua rodada derradeira no dia 6 de dezembro. Os Episódios desse épico marcaram época no cinema de ficção científica. O lado negro da força ganhou um dos seus maiores personagens. Ele não se compara com o zagueiro Rodrigo, que veio do Goiás para São Januário, que é também algo da força entre o mau e o ruim. Há diferenças entre essas duas categorias de análise. Um grotesco estabelecido no futebol, de fraco nível técnico. Antes que “O DESPERTAR DA FORÇA” entre em cartaz, é possível revisitar todos os filmes do que era uma trilogia e ultrapassou minha capacidade de classificação. Quero ver se assisto todos os filmes, antes da estréia, com a ajuda da garotada, que nem era nascida quando tudo isso começou.
Um dos meus episódios preferidos é “O Ataque dos Clones”. Creio que serviria como preleção para a Comissão Técnica do Vasco da Gama. Os caras também merecem uma recuperação das etapas vencidas pelo time. Uma espécie de antes e depois, com uma linha demarcando a virada da atitude, que para mim, aconteceu em cima e graças ao Flamengo.
Quem se der ao trabalho de caçar minha avaliação sobre o astral do Trem Bala da Colina, desde a entrada de Jorginho e a mudança completa de postura, de dinâmica tática, de disciplina e principalmente alegria em campo, sabe do que estou falando. Vai acabar em livro. Direi que nesse momento, já independe do resultado, pois já ganhou algum respeito e resgatou a credibilidade da casa, um pouco afetada por talentos precoces que foram desmotivados por decisões de péssimos orientadores dos mais jovens, que se perderam pelo caminho, como Thales.
O enfrentamento que não vemos num Flamengo sem perspectivas as vésperas das elições, que não pode sequer fazer contratações, mas que na prática fica por aí, plantando especulações como a contratação de um inexpressivo Chiquinho, para o lugar de um colombiano que sequer jogou pela lateral, e que quando entra, já o faz para ser expulso. Entre o ridículo e o inaceitável, qualquer um, do técnico ao diretor já perderam as rédeas sobre o que fazer. Todos perdidos na Gávea.
No capítulo anterior, avaliei o resultado contra o Corinthians longe do ótimo, mas também sem representar uma tragédia. Tite enfiou um balaio de 6 x 1 no São Paulo e o Vasco, como se comportou? Dentro da sua média, dessas rodadas dignas, dos empates que antecederam duas vitórias decisivas. A que enterrou o primeiro time para a segunda, confirma minhas suspeitas. Antes de um cruzmaltino, há muitos outros times para pegar a barca do inferno da segundona. Em que pese o interesse econômico da TV de ter um time de grande expressão de torcida nessa divisão, não seria justo com o futebol praticado, em comparação com os seus pares.
Pelo lado do Coritiba, já não foi legal. O Santos, se preparando para enfrentar o Palmeiras na final da Copa do Brasil, tirou todo o seu time titular de campo (diferentemente do Corinthians em São Januário) e com o estádio vazio (será que será assim também com o Vasco, na última rodada?), se posicionou melhor para um provável jogo decisivo para a última vaga no Z-4.
Algumas hipóteses, incluem um Santos campeão da Copa do Brasil, favorecendo assim a vida do Vasco, que pegaria um time sem qualquer ambição para o Brasileirão, bem relaxado após uma festa de arromba pela ida para a Libertadores.
Um Palmeiras ferido, cairia bem para encarar o Coritiba em casa e simplesmente ganhar, para assim deixar tudo bem ao feitio do bacalhau. Aqui entre nós, dentre os medianos, que foram afinal todos os demais, excetuando-se o time de performance inquestionável, o campeão, tudo pode melhorar e a tradição vascaína merece enfrentar 2016 numa situação mais confortável.
No aspecto extra-campo, um campeonato que ainda não terminou, mas que recebe um campo do Palmeiras com gramado destruído após show, prejudicando a partida entre Fluminense com o time da casa e hoje, Pearl Jam, no Maracanã, no lugar de algum time carioca. Sinceramente, o templo do futebol vai perdendo significado, em que pese a tara de algumas amigas que juraram orgasmos múltiplos ouvindo o Eddie Vedder e seus grunhidos. Mesmo sabendo que foram a única banda a tocar no Brasil, do país ou não, a doar seu cachê para ajudar nesse desastre ecológico, chamado de Mariana, mas que é muito mais extenso, envolve a bacia hidrográfica e finalmente o mar, sim o OCEANO. Tudo isso é por demais importante, e nada disso excludente. É possível ser um apaixonado pelo futebol e amar o planeta. É possível doar cachê, mas respeitar o gramado do Maracanã, e o calendário do principal campeonato do país.
Não costumo apostar, mas o Vasco se salva, no limite e com sobras. Os algoritmos de alguns matemáticos que conheço, fraquíssimos, sem parâmetros enriquecidos de quem conhece a inteligência sutil de um negócio muito, mas muito complexo. Estão fazendo contas de somar e dividir, em tempos de matemática fractal, lógica caótica e sistemas dinâmicos de alta complexidade. Os caras introduzem a entrada em campo de um time reserva? Eles consideram a disputa de duas competições? Fraquíssimos números frios e sem a análise qualitativa, tão importante nas pesquisas de marketing, por exemplo.
Modéstia a parte, está na hora de melhorar esse tipo de cobertura. Quando comecei a falar da linha de tendência, nos programas do Mosaico Esportivo, ela ainda não existia como aconteceu depois no Globoesporte. Os amigos Marcelo Barros, João Oliveira, Luiz Felippe Reis, Edison Viana, Gonçalo Luiz Ribeiro, Aurelio Rocha Rocha, Maycon Santos, Euzebio Santos, Flávio Trivella e outros, podem reiterar o que disse e digo. Não existe mágica com os números, embora existam mágicos e malabaristas dos mesmos.

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